23 de janeiro de 2012

Minhas Férias - Terra do Nunca

     Não faz muito tempo, dei uma passada pela Terra do Nunca, famosa desde que Peter Pan, o seu mais ilustre morador, decidiu dar umas voltas pelo nosso mundo e levar uma molecada para lá.

     O lugar em si é muito bom. É bem arborizado, tem uma vista muito legal e, já que ninguém envelhece no lugar, a expectativa de vida lá é infinita. Por outro lado, se você é como eu e não é muito fã de crianças, a Terra do Nunca é um verdadeiro pesadelo. Tem pirralho para tudo que é lado!

     O transporte é um ponto favorável também. Se você tiver um pouco de pó de pirlimpimpim (o que, acredito eu, é um tipo de entorpecente) e "bons pensamentos", você pode voar para lá e para cá de graça, sem congestionamentos e sem gasolina.

     Abaixo está o cartão postal que mandei para o meu amigo Mateus Barrie, que sempre quis visitar a Terra do Nunca desde viu o desenho da Disney pela primeira vez, mas que, infelizmente, não pôde me acompanhar na viagem porque teve que ficar cuidando dos filhos naquele final de semana.

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9 de janeiro de 2012

5 Coisas que... Sempre Acontecem na TV

1. O carro nunca pega
Uma vítima apavorada (geralmente uma mulher) sai correndo da casa, sabendo que o terrível assassino está vindo logo atrás. Entra no carro, tem até a sorte ou a presença de espírito de estar com as chaves do veículo, mas o carro simples e inexplicavelmente não quer pegar. Pode ser uma sucata ou um carro novinho, mas, na hora H, não adianta, ele não vai pegar, ou só vai pegar no último momento possível, quando o assassino já pode se agarrar ao capô do carro ou estilhaçar a janela. Clichê, é verdade, mas é também uma ótima demonstração da Lei de Murphy. Esse problema mecânico, no entanto, parece ter uma tendência a desaparecer, já que isso está se tornando uma inconveniência cada vez mais rara nos carros modernos, principalmente considerando que muitos deles já têm até partida elétrica.

2. A grávida
Se você estiver assistindo um filme de terror ou de ação e uma das personagens está grávida, pode ter certeza: ela vai dar a luz no pior momento possível. Escondidos em um cômodo sujo e escuro, três ou quatro apreensivas personagens se encolhem em pânico em um canto, sem saber o que fazer, enquanto algo terrível está fazendo barulho do lado de fora, tentando entrar; ou, fugindo de um horror indizível, no meio de uma perseguição alucinante em que um segundo pode significar a diferença entre a vida e a morte – é agora, esse é o momento. Se uma das personagens estiver grávida, é nesse instante que o rebento vai querer vir ao mundo. O jeito é alguém ajudar no parto enquanto os outros ficam gritando para apressar o processo. A parte boa, pelo menos para a gestante, é que as grávidas e os recém-nascidos muito raramente morrem. 

3. Os heróis nunca morrem de repente
É verdade que atualmente é incomum o mocinho morrer no final. Isso é um pouco mais frequente em filmes em que existem vários pequenos heróis. Mas, seja como for, o importante é que personagens benevolentes nunca morrem de repente. Os bandidos são decapitados, flechados, baleados, triturados, explodidos e logo caem duros no chão ou voam em pedaços pelos ares. Mas não os heróis. Não importa o que aconteça, eles sempre ficam moribundos por alguns minutos e têm a oportunidade de fazer um comovente discurso antes de finalmente sair de cena. Em “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”, por exemplo, Boromir é tragicamente atingido por três ou quatro espessas flechas – o que seria mais do que o suficiente para liquidar qualquer vilão instantaneamente – e ainda consegue ficar na Terra Média tempo o bastante para ter um momento sentimental de arrependimento com Aragorn. Já o seu assassino, no entanto, morre sem dizer nenhuma palavra. A única chance de o malvado ganhar o seu derradeiro discurso é se tornando bondoso no último momento, frequentemente se sacrificando pelo mocinho. Darth Vader certamente concordaria se ainda estivesse entre nós.

4. Os bandidos não têm precisão
Tiroteios são parte integrante e indispensável de qualquer filme de ação que se preze. Mas não importa quantas balas são disparadas, os bandidos raramente acertam um bom tiro. Centenas de projéteis são disparadas e desaparecem para sempre. Geralmente eles até passam perto e ricocheteiam, lançando faíscas, em qualquer coisa que o mocinho está usando para se proteger, mas jamais o acertam fatalmente. Os bandidos têm tão pouca precisão com as suas armas que o ágil benfeitor pode até mesmo correr de um conveniente esconderijo para o outro e sair absolutamente ileso. Não raro, alguns bandidos são tão desprovidos de habilidade a ponto de os seus disparos ricochetearem no chão. Na verdade, estatisticamente, uma personagem bondosa tem mais chance de ser derrotada em um duelo do que se estiver encurralada por um exército armado até os dentes. Sim, é fato que, à exceção de Legolas, que nunca errou uma flechada élfica, os mocinhos também pecam no quesito pontaria, mas, ainda assim, eles têm uma taxa de acerto mortalmente maior do que seus oponentes.

5. As crianças sempre têm a solução
Isso é particularmente comum em novelas. A personagem principal (de novo, geralmente uma mulher) está umidamente se debulhando em lágrimas, sofrendo com o seu destino terrível ou lamentando a perda de alguém querido. Tudo parece desesperador e insolúvel, mas, se houver uma criança por perto, não se preocupe, ela vai dizer algo que vai colocar o sorriso de volta no encharcado rosto da desconsolada personagem. E quanto mais nova a criança, melhor. As crianças das novelas são incrivelmente sábias e profundas, enquanto as personagens adultas são simplesmente estúpidas e descontroladamente emocionais. Talvez seja a inocência da criança, ou o seu olhar simples sobre a vida, mas parece que, para os escritores de novelas, as pessoas vão ficando mais idiotas à medida que vão se tornando adultas.

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