21 de novembro de 2011

Minhas Férias - Pasárgada

     Quando eu ainda estava na faculdade, a minha colega de classe Patrícia Creberquia sempre me contava o quanto ela tinha se divertido quando visitou Pasárgada. Admito que fiquei curioso, ouvindo ela falar do lugar e lendo os poemas do Manuel Bandeira. Assim, quando tive a oportunidade, aproveite e visitei o tão famoso local.

     Sim, Pasárgada é realmente um lugar bem peculiar. Os sonhos da gente meio que se tornam realidade. Mas não completamente. Por exemplo, lá a gente pode ser amigo do rei, o que, com certeza, é bem conveniente. Porém, se eu tivesse que escolher, eu preferiria ser o próprio rei, e não um amigo. Essa coisa de ficar montando em burro brabo, subir em pau-de-sebo também... Tipo, é legal, coisa e tal... Mas eu posso muito bem fazer isso onde eu moro durante as festas juninas. Ter a mulher que a gente quer, na cama que a gente escolher é, sem a menor dúvida, muito tentador, e vale a visita. Mas ter prostitutas bonitas para "namorar" já é meio exagerado e desnecessário, na minha opinião. Afinal, por que diabos eu vou querer namorar uma prostituta se eu posso ter a mulher que eu quiser, eu me pergunto...

     Por essas coisas e mais algumas idiossincrasias, eu digo que Pasárgada é certamente um lugar para onde vale a pena ir-se, mas é também um lugar enigmático e de contradições.

     Abaixo está uma foto da frente e do verso do cartão postal momentos antes de ser enviado para a minha amiga Patty.

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13 de novembro de 2011

5 Coisas Que... Não Gosto Sobre Bandas

1. Bandas cujos nomes começam com “Banda”
Qualquer banda que se apresente com um nome que seja “Banda Sei-lá-o-quê” ganha a minha imediata rejeição.  Mesmo porque o “sei-lá-o-quê” depois de “banda” geralmente é alguma coisa cafona (Banda Calcinha Preta, Banda Magníficos, Banda Cheiro de Amor) ou com alguma ortografia “criativa” (Banda Djavú, Banda Lamassais). Para mim, se a banda tem que colocar “banda” no nome para as pessoas saberem que se trata de uma banda e não de uma peça íntima ou de um odor específico, é porque o que eles estão fazendo não é tão fácil de identificar como música.

2. Bandas cujos vocalistas parecem drag queens
O heavy metal dos anos 80 produziu uma batelada dessas bandas. Não tenho nada contra as drag queens em si, e muito menos contra as músicas, que, aliás, até acho bem legais... O problema, para mim, não é nem o vocalista se vestir de mulher, mas é se vestir de baranga. Dá impressão que o cara é uma menina de 8 anos que acabou de achar o estojo de maquiagem da mãe. Por mais que eu goste das músicas, fica um pouco mais difícil apreciar a obra com o mesmo entusiasmo depois de ter vislumbrado a criatura que produziu aquilo.

3. Bandas cujos álbuns têm nomes infelizes
Muita coisa entra aqui. Desde nomes que nos fazem refletir sobre o valor das pequenas coisas da vida (“O Silêncio que Precede o Esporro” – Rappa) até títulos um tanto mais gastronômicos (“Tomate” – Kid Abelha). Admito que não deve ser fácil escolher um nome para um álbum, mas, se o Leo Jaime escolheu “Phodas C” como título para o seu álbum, eu fico me perguntando quais foram os nomes descartados. Na minha opinião, trocadilhos são invariavelmente infelizes no que se refere a nomes de CDs. As Velhas Virgens são possivelmente os maiores especialistas no assunto (“Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!”, “Com A Cabeça No Lugar”). A parte “boa” é que títulos ruins não são exclusividade brasileira. Na verdade, em termos de nomes infelizes, acho que os estrangeiros estão milhas à nossa frente. A Fiona Apple teve a verborrágica ideia de dar a um de seus CDs o inesquecível nome de “When the Pawn Hits the Conflicts He Thinks Like a King What He Knows Throws the Blows When He Goes to the Fight and He'll Win the Whole Thing 'Fore He Enters the Ring There's No Body to Batter When Your Mind Is Your Might So When You Go Solo, You Hold Your Own Hand and Remember That Depth Is the Greatest of Heights and If You Know Where You Stand, Then You'll Know Where to Land and If You Fall It Won't Matter, Cuz You Know That You're Right”, com eloquentes 93 palavras e 3 vírgulas.

4. Bandas cujas letras rimam qualquer “-ão” com “coração”
Músicas sertanejas são particularmente abundantes nessa categoria. É praticamente impossível achar uma música sertaneja que não tenha “coração” em algum momento ou outro. Nada contra o som “-ão” em si (na verdade, até gosto, e o Drummond também elogiava), mas, por algum motivo, se aparece um “coração” no meio da letra, já fico meio decepcionado. E, às vezes, ainda dá para sentir a chegada do fatídico órgão. Se o cantor terminou um verso com “paixão”, “razão”, “ilusão”, “perdão” ou qualquer coisa do gênero, pode se preparar que um “coração” está se aproximando. É inevitável.

5. Bandas cujos clipes são longas-metragens
Depois da criação da MTV, a imagem passou a ser tão importante quanto (ou provavelmente até mais importante que) a música. E alguns artistas levam isso muito a sério. No seu afã de criar um vídeo digno da maravilhosa epopeia que é a sua canção, alguns artistas fazem verdadeiros longas-metragens. O Michael Jackson era um deles. A Lady Gaga fica apenas alguns minutos atrás. Na verdade, os vídeos são tão longos que, às vezes, até esquecemos que eles foram criados para divulgar uma música. “Thriller”, do Michael Jackson, tem mais de 13 monstruosos minutos de vídeo e nem 6 de música. A Lady Gaga transformou “Telephone”, uma música de menos de 4 minutos, em um criminoso vídeo de mais de 9. Mas, de novo, ninguém ganha do rei do pop: o vídeo de “Ghosts” tem quase 40 minutos! Tempo suficiente para ouvir a música 10 vezes.
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