30 de maio de 2010

Minhas Férias - Inferno

     Às vezes os nossos amigos nos ajudam a decidir sobre o destino das nossas viagens. E foi assim que eu decidi  para onde eu ia, há uns 3 anos. A minha amiga Lih sempre dizia que eu ia acabar indo para o inferno. Então, achei que seria interessante ir para lá e mandar para ela um cartão postal.

     O mais legal de lá é que a gente pode encontrar um monte de gente famosa. Tirei fotos com o Hitler (ele ainda usa aquele bigodinho!), Stalin, Dercy Gonçalves e até com a minha professora do primário! Talvez eu coloque as fotos em algum post mais para frente.

     Duas coisas ruins lá: primeiro, o clima. Super quente! Se você é como eu, que adoro o frio, não recomendo (o cheiro de enxofre também não é muito agradável); e, segundo, falta do que fazer. Ao contrário do que todo mundo pensa, o inferno não é um lugar cheio de baladas. A única coisa para fazer lá é ficar bebendo cerveja em frente a um posto de gasolina... =\

     Bom, aí está o cartão postal que eu mandei para a minha amiga.

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24 de maio de 2010

Depois do Verbo

     No início era o verbo. Depois apareceram os substantivos, adjetivos, advérbios... E tudo virou um caos infinito. As figuras de linguagem só vieram para piorar a situação: se você diz a alguém o contrário do que quer dizer para que se interprete o contrário do que se diz, isso não é absurdo: é ironia.
     Não é de se admirar que as pessoas não se entendam. A linguagem humana é uma bagunça. Mas não há motivos para pânico: para ajudar as pessoas a se guiarem pelos tortuosos e obscuros caminhos da linguagem, é apresentada abaixo uma breve análise de algumas frases interessantes, principalmente do ponto de vista sociológico.

     Eu sou normal: qualquer pessoa flagrada dizendo “eu sou normal” deve ser instantaneamente declara louca. Ninguém com plena saúde mental tem necessidade de dizer isso. Se alguém tem que dizer que é normal, é porque a sua sanidade mental foi colocada em questão. E isso não costuma acontecer sem motivo. Mas, se, pensando agora, você lembrar que já disse isso, não se preocupe: de louco todo mundo tem um pouco. Conclusão: dizer “eu sou normal” implica em ser louco, o que é normal.

     É a sua palavra contra a minha: deveria existir uma lei específica para tratar dessa frase: “Emenda nº 5: qualquer pessoa que diga ‘é a sua palavra contra a minha’ deve ser automaticamente considerada culpada por quaisquer acusações que lhe estejam sendo imputadas”. Nenhuma pessoa inocente já disse “é a sua palavra contra a minha”. Isso é uma confissão de culpa. É como dizer “você sabe que eu sou culpado; eu sei que eu sou culpado; todo mundo sabe que eu sou culpado. Mas e daí? Você não tem como provar nada”. É interessante notar, também, que a frase tem um sádico efeito psicológico: não só se admite livremente a culpa, como também é possível se deleitar com a impotência do outro.

     Você me acha bonito(a) ou inteligente?: corra. Se alguém lhe perguntar isso, corra sem nem olhar para trás. Não existe jeito no mundo de se responder essa pergunta de forma satisfatória. Vejamos: “Nem bonito(a), nem inteligente” ― essa, com certeza, é a pior de todas as respostas, mas, em geral, é a mais sincera, afinal, alguém que faz essa pergunta deve ter algum tipo de complexo quanto a ser bonito(a) ou inteligente, e deve ter um motivo para isso; “Você é bonito(a)” ― você acabou de dizer que a pessoa burra; “Você é inteligente” ― inversamente, a pessoa é feia; “Você é bonito(a) e inteligente” ― essa resposta parece a melhor, mas, infelizmente, ela nunca é aceita: a pessoa sempre vai fazê-lo(a) escolher uma das opções, levando-o(a) fatalmente a uma das três alternativas anteriores. Pode-se, ainda, tentar mudar convenientemente de assunto: “Você me acha bonito(a) ou inteligente?” “Olha que passarinho bonito!” Inventivo, mas, infelizmente, isso tende a ser interpretado como “nem bonito(a), nem inteligente”. Portanto, se alguém perguntar se é bonito(a) ou inteligente, corra. Por mais estranha que seja a súbita debandada, é melhor do que qualquer resposta.

     Se você for homem...: não é realmente uma frase, mas uma espécie de “prefixo frasal”. O que torna esse início de frase interessante é a sua conclusão. O tamanho do desafio é diretamente proporcional ao tamanho da estupidez proposta: quanto mais idiota a conclusão, mais desafiadora fica a frase, e mais difícil de ignorá-la. Se alguém disser “se você for homem, você ganha o Prêmio Nobel da Paz”, a frase é facilmente ignorada. Mas, se alguém disser “se você for homem, você entra na torcida do Corinthians vestindo o uniforme do Palmeiras”... “Eu sei que é idiota, eu não quero fazer isso, eu não vejo por que fazer isso, eu nem gosto de futebol e eu nem torço para o Palmeiras... Mas, por algum motivo, eu tenho que fazer isso”. É possível, também, encontrar a variante feminina: “se você for mulher...”. No entanto, ela é bem mais rara (e consideravelmente menos poderosa). Desse tipo de frase pode-se tirar uma conclusão: aparentemente, na nossa sociedade, a masculinidade está intimamente ligada à estupidez dos atos. Talvez algum dia a Sociologia possa explicar isso.

     Pior do que isso não pode ficar: não se engane: pode sim. Qualquer pessoa que tenha conhecimentos rudimentares sobre a Lei de Murphy sabe disso: nada é tão ruim que não possa piorar. “Perdi tudo o que tinha na vida. Pior do que isso não pode ficar”. Você pode ficar doente. Você pode morrer. Você pode ir para o inferno. Sua sogra pode estar lá... Sempre pode piorar. Mas isso não é necessariamente um pensamento pessimista. A frase, na verdade, pode ser vista como uma espécie de “carpe diem” disfarçado: aproveite a sua situação atual, pois, por pior que ela seja, amanhã pode estar pior.

17 de maio de 2010

Hiper Herói - Episódio I - Semáforon

A cidade de Colinas é o berço dos mais diabólicos e bizarros vilões já conhecidos pelo homem. Mas é também em Colinas que se localiza a Fortaleza de Justiça, onde o incrível Hiper Herói está sempre de prontidão para impedi-los. Com a ajuda do seu fiel ajudante, o Hiper Herói leva a Justiça àqueles que precisam dela.

No primeiro episódio, o Hiper Herói encontra o seu novo ajudante, Durval Batista dos Santos, cujo super poder é apenas estar sempre acompanhado de uma garrafa de cachaça. Na sua primeira aventura juntos, eles enfrentam Semáforon, que tem como único objetivo levar o caos ao trânsito da pacata cidade de Colinas.

Neste episódio:

Durval expressa os seus sentimentos mais íntimos:
     — “Vendem-se 50 frangos depenados de borracha. Ótimo estado”. Eu sempre quis ter um frango de borracha — suspira, relembrado sua infância, com algumas lágrimas lhe embaçando as vistas.

E, também, os seus mais profundos temores:
     — Cara, você não vai me drogar e abusar de mim sexualmente, vai?

O Hiper Herói testa Durval além dos seus limites:
     — Tem certeza de que está pronto? Uma vez iniciada a seqüência questionativa, não há mais volta para o momento anterior ao que a seqüência questionativa foi iniciada — advertiu, gravemente.

Justiça e filosofia se encontram em complexas questões:
     — Não se preocupe, benévolo funcionário da justiça. O Hiper Herói está aqui para impedir a injustiça contra aqueles que não a merecem. E contra aqueles que a merecem também, porque, se eles merecem, então não é injustiça, mas apenas justiça — reflete o herói. — No entanto, existe ainda o caso da vingança, que é um tipo de justiça exagerada contra quem a merece, mas não de forma exagerada, configurando assim uma espécie bizarra de justiça injusta. Hmm... Parece que se trata de uma questão complicada.


Clique no link abaixo e leia o primeiro episódio completo:
Hiper Herói - Episódio I - Semáforon: http://www.scribd.com/doc/31488394/Hiper-Heroi-01-Semaforon

10 de maio de 2010

O Meu Dicionário da Língua Portuguesa

Pessoas como eu, que trabalham com a linguagem, estão sempre recorrendo a dicionários. No entanto, nem sempre eles estão completos ou atualizados, e algumas das entradas não são precisas ou não trazem todos os usos das palavras. Para ver a versão completa, clique aqui.

Pensando nisso, resolvi dar a minha contribuição para a Língua Portuguesa, com O Meu Dicionário da Língua Portuguesa!

Aqui estão algumas das entradas que criei. Espero que elas possam ser úteis em algum momento.

Abundar - vint. (lat Abundare) 1 Sentar-se. 2 Fazer sexo anal.
     Ex. 1: Todos abundaram à mesa para a refeição.
     Ex. 2: Era a primeira vez que ela abundava, e por isso o ato foi bastante doloroso.
     Ex. 3: Ela havia abundado na noite passada, e portanto sentiu algumas dores quando abundou à mesa para a refeição.

Apaziguar - sf. (lat Pace + Aequale) 1 Corruptela da expressão “a paz é igual”
     Ex. 1: Paz e felicidade são a mesma coisa, ou seja, apaziguar felicidade.

Australopiteco - adj.(lat Austro + ingl People) 1 Natural da Austrália. 2 Relativo à Austrália. 3 Australiano.
     Ex. 1: O bumerangue é uma invenção australopiteca.
     Ex. 2: Ele tinha um sotaque peculiar devido ao fato de ser australopiteco.

Encriptar - vtd., vint. (lat Cryptare) 1 Construir criptas. 2 Colocar dentro de uma cripta.
     Ex. 1: O pedreiro prometeu à família em luto que encriptaria o mais rápido possível.
     Ex. 2: Ao ver o trabalho final, a família em luto encontro paz ao ver que havia sido encriptado algo tão belo para o falecido.
     Ex. 3: Após o funeral, os presentes encriptaram o falecido.

Serenidade - sf. (lat Serenitate) 1 Situação de presença de sereno. 2 Existência de orvalho noturno.
     Ex. 1: O garoto pegou uma pneumonia por ter passado a noite toda ao relento, na serenidade.
     Ex. 2: Nas primeiras horas da manhã ainda era possível ver na grama a serenidade da noite anterior.

Somália - sf. (lat Summa) 1 Conta final. 2 Resultado de um processo de adição. 3 Operação aritmética em que dois ou mais números são adicionados.
     Ex. 1: A somália de 2 + 2 é 4.
     Ex. 2: Tradicionalmente, a somália é a primeira operação aritmética aprendida pelas crianças nas escolas.
     Ex. 3: Ela conferia a conta exaustivamente, mas não conseguia fazer com que a somália batesse.

Sonâmbulo - sm.(lat Somnu + Ambulante) 1 Espécie de veículo utilizado em situações de emergência e que causa torpor nos seus usuários. 2 Qualquer ambulância que causa sono.
     Ex. 1: Era uma emergência, mas, devido à lentidão do tráfego e à péssima noite de sono, o paciente mal conseguia manter seus olhos abertos. Sentia-se em um sonâmbulo.
     Ex. 2: Pacientes com narcolepsia são freqüentemente transportados de sonâmbulo.

Suíno - v. ger. (v. inf. Suar; lat Sudare) 1 Situação em que ocorre eliminação de suor. 2 Em situação de trabalho árduo e difícil.
     Ex. 1: Ele está suíno desse jeito devido ao forte calor.
     Ex. 2: Ela passou todo o ano passado suíno para conseguir o seu diploma.

Superação - sf. (lat Super + Actione) 1 Ato de grandes dimensões. 2 Atitude grandiosa.
     Ex. 1: O seu ato foi algo extraordinário: foi uma verdadeira superação.
     Ex. 2: É em momentos de grande necessidade que devemos ser capazes de desempenhar superações.

Trombose - sf. (frâncico Trumpa) Zool 1 Doença que afeta a tromba, especialmente de paquidermes, caracterizada por inchaço.
     Ex. 1: Atualmente, devido à negligência dos proprietários, a trombose é a principal causa de morte de elefantes nos circos e zoológicos.

5 de maio de 2010

Minhas Férias - Atlântida

Dois anos atrás, tive o prazer de visitar a maravilhosa Atlântida!

Se você tiver a oportunidade de ir pra lá, eu realmente recomendo. O lugar é maravilhoso! Só não esquece de trazer o seu próprio equipamento de mergulho, porque, se você deixar pra comprar ou alugar lá, vai pagar um absurdo!

Aviso para as mulheres: aparentemente o uso de chapinha e de secador de cabelos é proibido por lá, por motivos de segurança, ou sei lá o quê.... Nada de cuidar do cabelo, então! =P

P.S.: Bubbles era o peixinho dourado de um amigo. Infelizmente, o pobrezinho começou a nadar de barriga pra cima há alguns meses... =(

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Minhas Férias

Existem poucas coisas na vida que eu goste mais do que viajar!

Já estive nos lugares mais estranhos e já vi as coisas mais esquisitas. E continuo viajando pra lá e pra cá!

Dentro do espírito de compartilhamento que a nossa amada Internet nos proporciona, achei que seria legal mostrar os cartões postais que eu mando para os meus amigos durante as viagens, para que todo mundo possa, pelo menos, dar uma pequena olhadinha nos lugares que eu visitei...

Divirtam-se!