26 de dezembro de 2011

19 de dezembro de 2011

O Meu Dicionário da Língua Portuguesa - Atualização

Aqui estão mais algumas entradas para O Meu Dicionário da Língua Portuguesa. Para ver a versão completa do dicionário, clique aqui.

Latitude - sf. (lat Latitudine) 1 Latido. 2 Sequência, geralmente desagradável, de latidos.
     Ex. 1: "Que cachorro chato! A latitude dela já está me irritando", disse Clarinha.
     Ex. 2: Zulmira parecia cansada. Havia sido acordada às 4 da manhã pela latitude do cachorro do vizinho.

Longitude - sf. (lat Longitudine) 1 Distância. 2 Característica de local que se encontra muito distante.
     Ex. 1: A longitude era tão grande que eles foram obrigados a viajar de avião.
     Ex. 2: A Lua fica a uma longitude de aproximadamente 384 mil quilômetros da Terra. 

Olá - sm. 1 Sexta nota da escala musical. 2 Nota musical frequentemente representada pela letra "A".
     Ex. 1: Muitos músicos usam olá como a corda base para a afinação das demais.
     Ex. 2: Olá era a primeira nota da música.

Paciência - sf. (Lat Patientia) 1 Corruptela das palavras "para a ciência". 2 Que tem objetivos voltados para a ciência.
     Ex. 1: Muitas vezes, paciência avançar, sacrifícios devem ser feitos.
     Ex. 2: Muitas pessoas acham que, paciência, apenas o lado racional das pessoas deve ser levado em consideração.

Portal - sm. (Lat Porta + al) 1 Junção das palavras "por" e "tal". 2 Devido a esse(a).
     Ex. 1: Ele havia esfaqueado a esposa, e todos achavam que ele devia pagar portal crime.
     Ex. 2: Todos esperavam ansiosamente portal momento.

12 de dezembro de 2011

O Oráculo Responde

Rechonchudo Zombado diz:

     Querido Oráculo,

     Vi um dos seus conselhos recentemente e resolvi fazer uma pergunta sobre uma coisa que está me incomodando muito!


     Tenho 15 anos e sou meio gordinho. Por causa disso, o pessoal da escola tira muito sarro de mim. Toda hora, eles ficam falando coisas desagradáveis para me irritar. Até as meninas! Já mandei eles pararem, mas eles não param, e tiram mais sarro ainda! Não sei o que mais eu posso fazer.

     Por favor, me ajude, Oráculo! 


O Oráculo responde:

     Querido Rechonchudo Zombado,

     Você parece estar sofrendo de dois problemas que, embora estejam relacionados no seu caso, são distintos: o primeiro, é o seu problema de peso; o segundo é o que hoje em dia se chama de “bullying”.

     Bullying é uma palavra de origem inglesa e é empregada atualmente para descrever atos de violência física ou psicológica, geralmente associados às relações com colegas de escola. Sendo um problema que aflige um número cada vez maior de crianças e adolescentes, ele tem sido estudado e combatido por diversos especialistas e organizações ao redor do mundo. No Brasil, já existem vários Institutos para a Melhoria do Bem-Estar Coletivo e da Integração Social (IMBECIS) espalhados por todas as regiões do país. Embora sejam todos designados pelo nome de IMBECIS, eles não têm uma única visão sobre o que é o bullying e como combatê-lo. Alguns IMBECIS consideram apenas os casos mais extremos como característicos de bullying, porém, atualmente, a maioria deles acredita que qualquer coisa possa ser uma manifestação de bullying. Vários IMBECIS por todo o país acham, por exemplo, que uma nota baixa, um palavrão ou, até mesmo, um sorriso sincero caracterizam bullying.

     Devemos, também, estar atentos às consequências do bullying. Quase a totalidade dos IMBECIS concorda que o bullying pode causar traumas profundos em suas vítimas. Outros IMBECIS, no entanto, vão além e afirmam que o bullying pode causar psicose, calvície, distúrbios sexuais, guerras nucleares, câncer e até catástrofes ambientais. Se você acredita que está sendo uma vítima de bullying, Rechonchudo Zombado, você pode procurar informações com qualquer um dos IMBECIS perto da sua casa. Existem vários e provavelmente você não vai levar mais do que 10 minutos para achar um perto de você.


     O seu outro problema, no entanto, é o que parece ser o catalisador de todo esse bullying que você está sofrendo. Assim como o bullying, o excesso de peso é um problema sério e não pode ser tratado de forma superficial. Se você se sente mal com o seu corpo, o que mais se indicava até pouco tempo, era que você praticasse mais exercícios físicos e tivesse uma dieta mais saudável. No entanto, hoje em dia, isso é considerado bullying por muitos dos IMBECIS, já que, segundo eles, qualquer tipo de esforço para a obtenção de um resultado pode ser caracterizado como bullying.

     Assim, a única forma de você resolver o seu problema, Rechonchudo Zombado, é um tanto mais extrema. No entanto, essa solução já foi testada em vários países, inclusive no Brasil recentemente, e parece funcionar muito bem. Escolha um dia qualquer (mas que, de preferência, signifique algo para você) e agrupe todos os seus amiguinhos em alguma sala da sua escola. Quando todos estiverem juntos, saque uma arma e mate-os todos. Depois de mortos, eles não poderão mais tirar sarro de você, certo? É importante, no entanto, que você não se esqueça de se matar também, Rechonchudo Zombado, afinal, se você sobreviver você será encaminhado para a cadeia ou algum tipo de instituto correcional, onde o bullying é ainda pior do que o da escola.

     Boa sorte, Rechonchudo Zombado. 

O Oráculo falou.


Tem alguma dúvida ou problema? Clique aqui e envie a sua pergunta para o Oráculo agora mesmo! (a sua identidade será mantida em sigilo absoluto!)

21 de novembro de 2011

Minhas Férias - Pasárgada

     Quando eu ainda estava na faculdade, a minha colega de classe Patrícia Creberquia sempre me contava o quanto ela tinha se divertido quando visitou Pasárgada. Admito que fiquei curioso, ouvindo ela falar do lugar e lendo os poemas do Manuel Bandeira. Assim, quando tive a oportunidade, aproveite e visitei o tão famoso local.

     Sim, Pasárgada é realmente um lugar bem peculiar. Os sonhos da gente meio que se tornam realidade. Mas não completamente. Por exemplo, lá a gente pode ser amigo do rei, o que, com certeza, é bem conveniente. Porém, se eu tivesse que escolher, eu preferiria ser o próprio rei, e não um amigo. Essa coisa de ficar montando em burro brabo, subir em pau-de-sebo também... Tipo, é legal, coisa e tal... Mas eu posso muito bem fazer isso onde eu moro durante as festas juninas. Ter a mulher que a gente quer, na cama que a gente escolher é, sem a menor dúvida, muito tentador, e vale a visita. Mas ter prostitutas bonitas para "namorar" já é meio exagerado e desnecessário, na minha opinião. Afinal, por que diabos eu vou querer namorar uma prostituta se eu posso ter a mulher que eu quiser, eu me pergunto...

     Por essas coisas e mais algumas idiossincrasias, eu digo que Pasárgada é certamente um lugar para onde vale a pena ir-se, mas é também um lugar enigmático e de contradições.

     Abaixo está uma foto da frente e do verso do cartão postal momentos antes de ser enviado para a minha amiga Patty.

(Clique na imagem para ampliar)

13 de novembro de 2011

5 Coisas Que... Não Gosto Sobre Bandas

1. Bandas cujos nomes começam com “Banda”
Qualquer banda que se apresente com um nome que seja “Banda Sei-lá-o-quê” ganha a minha imediata rejeição.  Mesmo porque o “sei-lá-o-quê” depois de “banda” geralmente é alguma coisa cafona (Banda Calcinha Preta, Banda Magníficos, Banda Cheiro de Amor) ou com alguma ortografia “criativa” (Banda Djavú, Banda Lamassais). Para mim, se a banda tem que colocar “banda” no nome para as pessoas saberem que se trata de uma banda e não de uma peça íntima ou de um odor específico, é porque o que eles estão fazendo não é tão fácil de identificar como música.

2. Bandas cujos vocalistas parecem drag queens
O heavy metal dos anos 80 produziu uma batelada dessas bandas. Não tenho nada contra as drag queens em si, e muito menos contra as músicas, que, aliás, até acho bem legais... O problema, para mim, não é nem o vocalista se vestir de mulher, mas é se vestir de baranga. Dá impressão que o cara é uma menina de 8 anos que acabou de achar o estojo de maquiagem da mãe. Por mais que eu goste das músicas, fica um pouco mais difícil apreciar a obra com o mesmo entusiasmo depois de ter vislumbrado a criatura que produziu aquilo.

3. Bandas cujos álbuns têm nomes infelizes
Muita coisa entra aqui. Desde nomes que nos fazem refletir sobre o valor das pequenas coisas da vida (“O Silêncio que Precede o Esporro” – Rappa) até títulos um tanto mais gastronômicos (“Tomate” – Kid Abelha). Admito que não deve ser fácil escolher um nome para um álbum, mas, se o Leo Jaime escolheu “Phodas C” como título para o seu álbum, eu fico me perguntando quais foram os nomes descartados. Na minha opinião, trocadilhos são invariavelmente infelizes no que se refere a nomes de CDs. As Velhas Virgens são possivelmente os maiores especialistas no assunto (“Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!”, “Com A Cabeça No Lugar”). A parte “boa” é que títulos ruins não são exclusividade brasileira. Na verdade, em termos de nomes infelizes, acho que os estrangeiros estão milhas à nossa frente. A Fiona Apple teve a verborrágica ideia de dar a um de seus CDs o inesquecível nome de “When the Pawn Hits the Conflicts He Thinks Like a King What He Knows Throws the Blows When He Goes to the Fight and He'll Win the Whole Thing 'Fore He Enters the Ring There's No Body to Batter When Your Mind Is Your Might So When You Go Solo, You Hold Your Own Hand and Remember That Depth Is the Greatest of Heights and If You Know Where You Stand, Then You'll Know Where to Land and If You Fall It Won't Matter, Cuz You Know That You're Right”, com eloquentes 93 palavras e 3 vírgulas.

4. Bandas cujas letras rimam qualquer “-ão” com “coração”
Músicas sertanejas são particularmente abundantes nessa categoria. É praticamente impossível achar uma música sertaneja que não tenha “coração” em algum momento ou outro. Nada contra o som “-ão” em si (na verdade, até gosto, e o Drummond também elogiava), mas, por algum motivo, se aparece um “coração” no meio da letra, já fico meio decepcionado. E, às vezes, ainda dá para sentir a chegada do fatídico órgão. Se o cantor terminou um verso com “paixão”, “razão”, “ilusão”, “perdão” ou qualquer coisa do gênero, pode se preparar que um “coração” está se aproximando. É inevitável.

5. Bandas cujos clipes são longas-metragens
Depois da criação da MTV, a imagem passou a ser tão importante quanto (ou provavelmente até mais importante que) a música. E alguns artistas levam isso muito a sério. No seu afã de criar um vídeo digno da maravilhosa epopeia que é a sua canção, alguns artistas fazem verdadeiros longas-metragens. O Michael Jackson era um deles. A Lady Gaga fica apenas alguns minutos atrás. Na verdade, os vídeos são tão longos que, às vezes, até esquecemos que eles foram criados para divulgar uma música. “Thriller”, do Michael Jackson, tem mais de 13 monstruosos minutos de vídeo e nem 6 de música. A Lady Gaga transformou “Telephone”, uma música de menos de 4 minutos, em um criminoso vídeo de mais de 9. Mas, de novo, ninguém ganha do rei do pop: o vídeo de “Ghosts” tem quase 40 minutos! Tempo suficiente para ouvir a música 10 vezes.
 (Clique na imagem para ver a versão da revista)

24 de outubro de 2011

Alucinação de Humor Entrevista: Sherlock Holmes

     Sherlock Holmes foi apresentado ao mundo através dos escritos do seu amigo e companheiro Dr. John H. Watson, com quem compartilha o segundo andar da Baker Street, 221B, e se tornou o mais famoso detetive de toda a história.

     Entre um mistério e outro, Sherlock Holmes encontrou um tempo na sua frenética rotina para conversar com o Alucinação de Humor. Segue abaixo um trecho da entrevista concedida pelo célebre detetive. 


AH: Qual foi o primeiro mistério que você solucionou?
HOLMES: Foi o Caso do Papai Noel Impostor. Eu tinha três anos e, naquela época, obtive a informação de que o chamado “Papai Noel” me presentearia caso eu me comportasse segundo as normas sociais. Aquilo me pareceu suspeito, e decidi investigar o caso mais a fundo. Descobri, depois de 4 ou 5 horas, que não se tratava de nada mais do que um engodo por parte dos meus próprios pais.

AH: Você levou apenas três horas para descobrir isso?
HOLMES: Bom, eu era apenas uma criança. Já com sete anos, precisei de 13 minutos para desmascarar a minha mãe como a suposta “Fada dos Dentes”.

AH: Um assunto que sempre causou muita polêmica e que sempre foi recriminado pelo seu amigo Dr. Watson é o seu eventual uso de pequenas doses de cocaína. Isso ainda acontece?
HOLMES
: Ah, sim, o Dr. Watson realmente não gostava da ideia de eu usar cocaína [risos]. Mas isso tudo foi há muito tempo. E a quantidade de cocaína que eu usava era, de fato, muito pequena. Eu só queria manter a minha atividade cerebral. Nunca gostei de ficar ocioso, então usava a cocaína para me sentir mais “enérgico”. Mas, como disse, a quantidade era muito pequena e isso já faz muito tempo. Hoje em dia, eu uso uma quantidade muito maior.

AH: O seu mais famoso bordão é o “elementar, meu caro Watson”. Você se lembra qual foi a primeira vez que o usou?
HOLMES
: Pode parecer incrível, mas eu nunca disse “elementar, meu caro Watson”. Se você conferir nas crônicas do Dr. Watson, você vai ver que isso não aparece em momento algum. O que aconteceu, na verdade, foi um grande mal-entendido. Tudo começou quando Edith Meiser, que estava produzindo um filme sobre o meu trabalho, e eu estávamos conversando. Naquele dia, eu era o responsável pelo jantar. Assim, depois de discutir o filme longamente, percebi que estava na hora de voltar para casa para preparar a refeição para mim e para o meu colega, Dr. Watson. Despedi-me, então, e ela me perguntou o que eu iria fazer. Disse a ela que iria “alimentar meu caro Watson”. No momento em que disse essas palavras, no entanto, um carro barulhento passou por perto e ela entendeu “elementar” ao invés de “alimentar”. Ela gostou da frase e achou que seria um bordão interessante para o personagem.

AH: Você é mundialmente famoso e dono de uma capacidade analítica fora do comum. No entanto, você parece não ter muitos amigos, exceto, é claro, o Dr. Watson. Isso mostra algum problema de socialização?
HOLMES
: Na verdade, a minha “capacidade analítica fora do comum” é a própria causa do meu problema de socialização. É muito difícil ser amigo de alguém de quem não se consegue esconder nenhum segredo. Lembro claramente de uma ocasião em que os meus pais convidaram as crianças da rua para fazer uma festa surpresa no meu aniversário de 5 anos. Digamos, apenas, que a surpresa não foi tão grande assim. Pelo menos, não para mim.

AH: Você poderia dar uma demonstração das suas habilidades para o Alucinação de Humor?
HOLMES
: Com prazer, mas, para ser sincero, não creio que você vá gostar do resultado. Mas, vamos lá. Posso ver que você é casado, o que é uma dedução banal, já que você está de aliança. Você tem alguns pelos que não foram aparados e que estão saindo das suas narinas, o que me mostra que a sua esposa não está prestando atenção na sua aparência, já que, caso contrário, ela o alertaria sobre o problema. Além disso, percebo que você está tendo dificuldades em manter as pernas cruzadas, em uma posição confortável, o que me indica que você está com acúmulo de esperma, causado, certamente, por longo período sem relações sexuais com a sua esposa. O seu leve torcicolo é indício de que você tem dormido no sofá, ou algum móvel semelhante. Somando essas três evidências, a única conclusão lógica é que a sua situação afetiva com a esposa não está muito boa. Percebo também que a sua camisa, embora você nem tenha percebido, é dois números maior do que você deveria usar, o que me leva a crer que ela pertença a outro homem. Tudo isso nos leva, inevitavelmente, à conclusão de que a sua esposa tem um amante e que eles estão tendo relações sexuais na sua cama. 
Pingue-pongue

AH: Algo importante para você.
HOLMES: Meu cérebro.

AH: Um instrumento.
HOLMES: Lupa.

AH: Gato ou cachorro?
HOLMES: Nenhum dos dois. A não ser que tenham cometido um crime.

AH: Prato favorito.
HOLMES: Tabaco a la Coca.

AH: Algo que você gostaria de ter.
HOLMES: Existência não ficcional.

AH: Um medo.
HOLMES: Lua de Cristal. Aquilo não tem lógica nenhuma.

AH: Uma atividade de lazer.
HOLMES: Jogar Detetive.

AH: Uma palavra que o define.
HOLMES: Enxerido.

(Novidade: clique na imagem acima para ver a versão da entrevista no formato da revista.
O arquivo é meio grande, mas é bem mais bonito)

10 de outubro de 2011

O Meu Dicionário da Língua Portuguesa - Atualização

Aqui estão mais algumas entradas para O Meu Dicionário da Língua Portuguesa. Para ver a versão completa do dicionário, clique aqui.

Cartório - adj. (gr Khártes + ório) 1 Relativo a kart. 2 Qualidade de algo com as propriedades de um kart.
     Ex. 1: Corridas cartórias são um passatempo popular em muitos lugares.
     Ex. 2: Era a primeira vez que ele dirigia um veículo cartório.

Comparação - adv. (lat Comparatione) 1 Diz-se daquilo que apresenta paradas, pausas ou intervalos.
     Ex. 1: O plano era viajar de Brasília a Florianópolis, comparação no menor número de cidades possíveis.
     Ex. 2: A reunião durou mais de quatro horas, comparação de apenas trinta minutos para um cafezinho. 

Estipular - sm. (lat Stipulare) 1 Tipo específico de salto. 2 Determinado pulo.
     Ex. 1: Pular corda é um excelente exercício. Estipular cadenciado é ótimo para a coordenação e para a resistência física.
     Ex. 2: Durante a prova, Carlos não viu a questão número 2. Estipular de uma questão lhe custou um ponto na nota final.

Pistão - sm. (ital Pistone) 1 Pista grande. 2 Estrada de tamanho grande. 3 Indício investigativo forte.
     Ex. 1: Viajando pela primeira vez, ela ficou admirada. Era um pistão que não acabava mais.
     Ex. 2: Encontrar a arma do crime na casa do suspeito era um pistão que certamente o levaria à condenação.

Veracidade - vint. (lat Veracitate) 1 Observar uma cidade. 2 Ver um aglomerado urbano.
     Ex. 1: Ele ficou emocionado por poder veracidade em que nasceu.
     Ex. 2: Depois que o novo prefeito foi eleito, foi possível veracidade se desenvolver enormemente.


Agradecimentos novamente ao Branco pelas contribuições.

19 de setembro de 2011

O Oráculo Responde

Deflorada Aflita diz:

     Querido Oráculo,
 
     Tenho 17 anos e estou em um relacionamento há 1 ano e meio. Recentemente, decidi que estava na hora de dar o próximo passo no meu relacionamento e tive a minha primeira relação sexual.
 
     O evento em si foi tudo bem, mas o problema é que eu acabei ficando grávida. Acho que ainda sou muito jovem para ser mãe e o meu namorado acabou de entrar na faculdade. Por isso, Oráculo, gostaria de saber se devo abortar.

     Me oriente, por favor, Oráculo!


O Oráculo responde:

     Querida Deflorada Aflita,
     O seu problema é, de fato, muito sério. O aborto é um tema com implicações filosóficas, religiosas e até criminais. Assim, discussões sobre o direito da mulher terminar a sua gravidez são sempre muito controversas. Alguns acreditam que o aborto é um ato homicida, enquanto outros defendem que a mulher tem o direito de decidir o que acontece com o seu corpo. Não queremos defender aqui um lado ou o outro. O que podemos fazer é expor os dois lados da questão para que você mesma possa chegar a uma decisão.

     Convenientemente, um dos membros da equipe do Oráculo é um consultor de análise de risco. Ele se mostrou profundamente interessado no seu problema e foi capaz de resumir algumas orientações para você. A primeira coisa que se deve fazer é analisar os prós e contras de se ter um filho. O nosso consultor já fez isso para você e criou a tabela abaixo para ajudá-la.


     É claro que essa tabela representa apenas uma pequena fração do que significa ter um filho. Existem muitos outros pontos contra, como, por exemplo, aquele que envolvem a gravidez em si: você vai ficar enorme e terá dificuldades para se locomover, seu namorado não vai mais achar você atraente, você terá uma criatura dentro de você absorvendo seus nutrientes (a página sobre “parasitismo” na Wikipédia traz algumas informações obre o tópico), você vai passar mais tempo no banheiro do que em qualquer outro cômodo e você terá violentas alterações de humor. Isso tudo, é claro, sem mencionar a dor excruciante do parto em si e o desconforto dos vários desconhecidos olhando para a sua vagina sendo desfigurada.

     É possível ainda fazer uma outra análise. Como você disse, você tem apenas 17 anos e não se sente preparada para ser mãe. Um argumento que se pode apresentar aqui é que, quando o bebê nascer, você se tornará uma mãe, instintivamente. Isso pode ser verdade, mas, por outro lado, o mesmo raciocínio pode ser aplicado à vida na prisão. As pessoas realmente são capazes de se adaptar às condições mais adversas, mas não é porque podemos que queremos.

     Se você gosta de pensar em possibilidades, existe ainda mais uma questão a ser pensada. Tendo um bebê agora, sim, você terá um filho (o que é um sonho de praticamente toda mulher), mas não poderá aproveitar a sua juventude; porém, se você não tiver o bebê, você poderá aproveitar a sua juventude e ter um bebê futuramente. No segundo caso, como você pode ver, você tem os dois benefícios.

     Sabemos que estamos expondo uma quantidade considerável de informação para você, querida Deflorada Aflita, e sabemos também que não é uma decisão fácil de ser tomada. Cabe a você refletir cuidadosamente sobre o assunto, discutir o problema com o seu namorado, com a sua família e amigos e, só então, decidir abortar. Como dissemos no começo, não cabe a nós tomar essa decisão por você. Podemos apenas orientá-la. Lembre-se apenas que, caso você decida ter o bebê, é importante não ficar pensando depois em como você jogou a sua vida fora.

     Bom aborto, Deflorada Aflita! Ou não...

O Oráculo falou.

5 de setembro de 2011

Minhas Férias - Nárnia

     Em um certo dia de inverno, estava eu abrindo o meu guarda-roupa para pegar uma blusa quando, de repente, percebi que existia toda uma vasta terra no fundo do móvel. Confesso que achei aquilo estranho, mas pensei comigo: "Quer saber?! Já que estou aqui, sem fazer nada, vou dar uma olhadinha". Assim, peguei um casaco bem grosso e parti armário adentro. Não sei se isso conta exatamente como "férias", mas, já que eu tinha uma foto de um cartão postal de lá, resolvi incluir aqui. =)

     O lugar é muito bonito. A neve, o chão todo branquinho e os eucaliptos deixam o terreno maravilhoso. O céu de inverno também tem um tom de azul que vale a pena ser visto. Se você tem medo de se perder em uma terra desconhecida, não se preocupe. Assim que cheguei, fui recebido por um leão, um tal de Aslan. Depois do meu pânico inicial de dar de cara com um leão, ele veio falar comigo. Fiquei supreso, não só por encontrar um leão falante em uma terra dentro do meu armário, mas também porque o leão tinha uma voz de fazer inveja. =D

     Portanto, se você gosta de frio e gosta de animais, esqueça Campos do Jordão e esqueça o zoológico. Vá para Nárnia!

     Abaixo está o cartão postal que enviei para o meu amigo Maurício Herriot. Ele é veterinário e achei que ele se interessaria por um lugar em que os seus pacientes podem falar.

(Clique na imagem para ampliar)

22 de agosto de 2011

Alucinação de Humor Entrevista: Darth Vader

     Se você é fã de ficção científica, tem mais de cinco anos de idade ou não passou toda a sua vida nos confins de Plutão, você certamente já ouviu falar no poderoso Darth Vader. Nascido como Anakin Skywalker no árido planeta Tatooine, Darth Vader cresceu para se tornar uma das mais importantes personagens da história.

     Com um bom humor e uma generosidade incomuns para a sua personalidade, o mais famoso Sith concedeu um pouco do seu tempo para o Alucinação de Humor. Eis abaixo um trecho da sua entrevista.


AH: Como foi crescer em um planeta como Tatooine?
VADER: Seco [risos]. Eu estava sempre com sede. Era areia que não acabava mais. Tomar banho era só para a elite e acabava entrando areia em tudo que é lugar. Tinha areia nos sapatos, na roupa, dentro da cueca [risos]. A gente tinha que acostumar, não tinha outro jeito. Mas o que realmente me irritava era que ninguém fazia nada para melhorar a situação. E não era falta de tecnologia. A gente já tinha tecnologia até para fazer veículos com antigravidade. Eu mesmo construí um sofisticadíssimo robô enquanto ainda era criança. A gente tinha tecnologia para realizar as coisas mais complexas, mas não éramos capazes de criar um simples sistema de irrigação, coisa que mesmo as mais primitivas civilizações foram capazes de fazer há milhares de anos. Acho que o que faltava mesmo era vontade política.

AH: Um das características mais impressionantes sobre a sua existência é o fato de você alegadamente não ter um pai. No filme de George Lucas, foi sugerido que você tinha sido concebido pelos próprios midi-chlorians. Isso tem algum fundamento?
VADER: Essa era uma questão que também me intrigava muito quando eu era criança. Eu via todos os meus amiguinhos com os seus pais (digo, pai e mãe), enquanto eu só tinha a minha mãe. Na época ainda não sabia direito como o nascimento funciona, mas, mesmo assim, sabia que algo estava errado. Perguntava constantemente para a minha mãe sobre o meu pai. No começo, ela desconversava, mudava de assunto e não respondia nada. Mas, como eu sempre voltava ao assunto, ela acabou me explicando que realmente não existia um pai e que não sabia como tinha ficado grávida. Ela disse que apenas aconteceu, magicamente, na época em que ela era uma prostituta.

AH: Fica bastante claro nos filmes que a sua vida sofreu uma revolução depois que você conheceu a então rainha Padmé Amidala. Como um Jedi, um relacionamento entre vocês era mal visto, mas vocês acabaram tendo uma das mais profundas e bregas história de amor. Como foi esse relacionamento longe das câmeras?
VADER: A rainha Amidala foi o meu primeiro e único amor. Mas era também uma coisa meio de adolescente. Ficávamos o dia inteiro trocando juras de amor e essas coisas [risos]. "Eu te amo" para cá, "eu te amo" para lá [risos]. Mas, no fundo, o nosso relacionamento era bastante comum, como qualquer relacionamento secreto de um aspirante a Cavaleiro Jedi previsto nas profecias como aquele que vai trazer o equilíbrio para a Força e uma rainha galática dez ou quinze anos mais velha que luta contra a corrupção do Senado à beira de uma guerra interplanetária. Sem grandes emoções ou novidades, realmente. Na maior parte do tempo, tomávamos um sorvete, comíamos um pastel ou assistíamos algum filme na TV. Gostávamos de assistir Space Ghost [risos]. Mas é claro que nem tudo são flores. Admito que tínhamos alguns problemas. Na cama, por exemplo, nós dois gostávamos de ficar por cima. Eu, como era virgem e inseguro na época, acabavam cedendo. Mas aquilo me desagradava um pouco.

AH: E quanto ao seu filho Luke? Aconteceu realmente como é representado nos filmes? Você soube que era pai dele apenas sentindo a Força?
VADER: Não. Eu sei que é assim que é apresentado nos filmes, mas, na verdade, não foi bem isso. Eu fiquei desconfiado quando soube que o sobrenome dele era "Skywalker", assim como o meu. Me pareceu uma extrema estupidez na época. Quero dizer, os Jedis esconderam o garoto em Tatooine (o que já não me parece muito inteligente, já que nasci lá) e, ainda por cima, não tiveram a presença de espírito de mudar o sobrenome do moleque! Isso, na minha opinião, já é ser um pouco desleixado. Mas eu acabei tendo a confirmação alguns meses depois. Não aparece nos filmes, mas um dos laboratórios da Estrela da Morte, entre outras coisas, faz exames de paternidade.


Pingue-pongue

AH: Algo importante para você.
VADER: A Força. Inclusive elétrica.

AH: Lugar para relaxar.
VADER: Estrela da Morte.

AH: Gato ou cachorro?
VADER: Bantha.

AH: Uma cor.
VADER: Preto. E cor-de-rosa.

AH: Um esporte.
VADER: Corrida de pods.

AH: Um medo.
VADER: Ligar o sabre de luz acidentalmente enquanto ele ainda está na minha cintura.

AH: Algo que gostaria de ter.
VADER: A galáxia.

AH: Um ídolo.
VADER: O inventor do Vick Vaporub.

AH: Uma palavra que o define.
VADER: “Cabeçudo”.

15 de agosto de 2011

O Meu Dicionário da Língua Portuguesa - Atualização

Aqui estão mais algumas entradas para O Meu Dicionário da Língua Portuguesa. Para ver a versão completa do dicionário, clique aqui.

Almoço - sm. (lat vulg Admordiu) 1 Para o moço. 2 Ao jovem.
     Ex. 1: Com muito dó, ela deu um pouco de dinheiro almoço maltrapilho que pedia esmolas.
     Ex. 2: O casal brindou almoço que havia tornado tudo aquilo possível.

Cristal - adj. (lat Crystallu) 1 Relativo a Cristo. 2 Na Igreja Católica, algo ou alguém que se relaciona a Jesus Cristo.
     Ex. 1: O padre leu uma passagem da Bíblia e todos se comoveram com as palavras cristais.
     Ex. 2: Muitos acreditam que a fé cristal os ajudam a se tornar pessoas melhores.

Dedicar - vtd. (lat Dedicare) 1 Dotar de dedos. 2 Colocar dedos.
     Ex. 1: Os médicos conseguiram dedicar novamente os dedos que ele havia perdido no acidente.
     Ex. 2: Infelizmente, tempo demais havia se passado e seus dedos amputados haviam se deteriorado demais para que Antônio Carlos pudesse ser dedicado novamente.

Ocupação - sm. (lat occupatione) 1 Corruptela das palavras "o cu para a ação". 2 Momento em que se inicia uma atividade anal.
     Ex. 1: Paulinha estava cansada daquela relação sexual sem graça e resolveu mandar ocupação.
     Ex. 2: Com medo da possibilidade de ter câncer de próstata, Magalhães decidiu mandar ocupação e marcou um horário no proctologista.

Premissa - sf. (lat Praemissa) 1 Momento anterior à missa. 2 Discurso de abertura de uma missa.
     Ex. 1: O padre fez uma curta premissa e já começou o seu sermão.
     Ex. 2: A premissa do padre foi tão longa que muitos acreditavam que era a própria missa.

Submissão - sf. (lat Submissione) 1 Missão inferior ou secundária. 2 Missão de importância não primordial.
     Ex. 1: Os soldados invadiram o complexo nuclear e ainda conseguiram cumprir sua submissão de apreender documentos importantes.
     Ex. 2: "É claro que a missão da nossa empresa é ganhar dinheiro", discursou o CEO. "Mas temos também a submissão de ajudar a comunidade sempre que pudermos".


* Agradecimentos ao Branco pelas contribuições.

4 de agosto de 2011

Johnny Overjoy

(Clique na imagem para ampliar)


Os Zéfiros Malfazejos agradecem à Juliana R. pelo nome! =D

11 de julho de 2011

Minhas Férias - Jardim do Éden

     Há algumas primaveras, eu visitei o bíblico Jardim do Éden, e devo dizer que o lugar não é tudo isso que se fala por aí. É um jardim enorme e é cuidado divinamente, é verdade, mas deixa um pouco a desejar no quesito diversão. É tudo proibido, até comer maçã. =T

     Não aconselho visitar o jardim no inverno, já que tudo o que se pode vestir é uma folha de parreira (e não me pergunte como a folhinha para no lugar certo, sem suporte nenhum). A parte interessante é que o pessoal anda para lá e para cá peladão, como uma espécie de jardim de nudismo (o que deve ter tornado a minha visita uma provação para os outros turistas) =D

     De qualquer forma, aqui está o cartão postal que eu mandei para o meu amigo Tomás de Anchieta, que, na época, estava estudando para ser padre.

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